sexta-feira, 4 de julho de 2014

QUANDO A PERFEIÇÃO NÃO BATE À NOSSA PORTA



Criticar é fácil. Você mesmo já fez isso centenas e milhares de vezes. Mesmo sem querer, uma palavra tendenciosa saiu de sua boca sobre aquilo que a atriz ou o ator fez ou deixou de fazer, sobre o que seu vizinho palpitou em relação à decisão da vizinhança, o mecânico, o cabeleireiro, a faxineira, e o motorista do metrô. Escapou. Ninguém é inânime disso. Ninguém é perfeito, eu sei. Nascemos em uma sociedade que até pouco tempo atrás limitava absurdamente nossas escolhas, e era isso ou nada. Depois de anos sendo molestados e julgados por ela, finalmente mudamos. Contudo, isso nãos nos livra de enfrentar um grande dilema:
-Como mudar quem ainda se agarra ao passado? Como tentar mostrar o lado bom de nossas escolhas para ela?

Você ouve críticas. Não é competente para isso, jamais poderá fazer aquilo. Abaixa a crina, sobe o casaco, é melhor recolher a mochila e ir para casa mesmo porque está escuro e frio. Melhor tentar viver como uma pessoa normal, não dar um passo maior que a perna. Mas aí você se pergunta sobre o que seria dar esse passo maior que a perna. Sobre o que seria viver como uma pessoa normal.
 

E agora? De perto, ninguém é normal, já dizia Caetano Veloso. Eu concordo. Se soubéssemos tudo o que as outras pessoas fazem em quatro paredes, talvez nem iríamos nos cumprimentar na rua, os boatos seriam imensos. Mas, e o que seria de nós diante disso? Foda-se. Sim, eu uso o tom da palavra para dizer isso. Quem somos nós para julgar a vida do outro? De perto, absolutamente ninguém de nós é normal. Então, por favor, ignore aquele que diz o que você deve fazer ou não da vida. Ninguém melhor que você para decidir isso.  
Plante suas próprias sementes, regue-as do seu jeito. Plante feijão se achar melhor, plante o que você quiser. Ninguém tem nada a ver com isso, e se você não utiliza de nenhum artifício ou jogada suja, ninguém é dono da razão para condenar o que você escolheu para colorir sua sublime e tão íntima vida. Falarão igual, pode ter certeza. A diferença é como você reagirá para isso.

Meu conselho? Seja feliz do seu jeito, fazendo as coisas exatamente da forma que sempre sonhou. Se você conseguir atingir alguém positivamente com isso, será uma boa forma de dizer que você estava no lugar certo, com as pessoas certas. E isso é tudo que importa.



 
“Nenhum de nós é perfeito. No entanto, se nunca tentarmos fazer nada diferente, nunca saberemos o quão melhor poderíamos ter nos tornado.”

Beijos,
Vanessa Preuss

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