quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O que eu penso – e porque eu penso- sobre Steve Jobs


Sou uma pessoa apaixonada por pessoas empreendedoras. Seja pelo trabalho árduo e desafiador que têm ao decidirem criar uma nova marca ou abrir seu próprio negócio, seja pelo comprometimento diário e trabalhoso que têm por se manterem na guerra do mundo. Faço exatamente assim: arregalo os olhos, mantenho a boca semicerrada e depois fico mais um tempo admirando seu trabalho. E apesar de Steve Jobs não estar mais entre a gente- no último dia 24 ele completaria seus 59 anos- ele sempre é o primeiro que me veem à cabeça quando penso em uma carreira de sucesso. Há uma frase dele que sempre está na ponta da minha língua. Para você ter uma ideia, faço até bico para falar, se for preciso.

Mas vamos ao que interessa. Por que Steve Jobs é o cara?



Steve Paul Jobs nasceu na Califórnia, e foi deixado pelos pais para ser adotado por uma família que em promessa o levaria à faculdade. Cresceu, entrou em um grupo de estudos de eletrônica para jovens da Hewlett-Packard, e conheceu Stephen Steve Wozniak. Ele vira seu amigo e ambos criam um dispositivo que faz chamadas a longa distância de graça, e que começam a vender por 150 dólares, mas que termina quando são roubados. Insatisfeito com o curso na Universidade de Reed College que segue a seguir por desejo de seus pais, Steve pede permissão para assistir outras aulas pelo campus, e conhece a tipografia. Mais tarde ela viria a se tornar a fonte do Macintosh, um de seus maiores desenvolvimentos.
Ele passa por um período sem ter onde dormir e de fome, e só em 1974 volta a trabalhar na Atari. Com seu amigo de volta também, ambos revolucionam a tecnologia. Desenvolvem uma espécie de computador que chamam de Apple Computer Inc. e criam sua própria empresa para comercializar o aparelho. Depois, melhoram sua versão e criam a Apple Computer Co. Passam para a Apple II, e no terceiro lançamento, o trabalho e a dedicação se tornam um fracasso. Com outros parceiros e novas ideologias, desenvolvem então, a Apple Lisa, e mais tarde o Macintosh. Porém, em uma crise de desentendimento, Jobs sai da empresa. Em sua entrevista para formandos da faculdade de Stanford em 2005, uma das mais fascinantes que já vi, Jobs disse que ficou desempregado, e a dor foi desoladora. Mas, apesar de tudo, ele ainda amava o que fazia. Então, criou a NeXT e a Pixar nos anos seguintes. A Pixar apresentou o primeiro filme em desenho animado em computador, e se tornou o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo, o que segue sendo ainda hoje. A NeXT, por sua vez, foi comprada pela Apple mais tarde, que ironicamente trouxe Jobs de volta à sua empresa de criação.
O que eu quis dizer, e o que ganho com esse texto resumido de sua vida? Ao invés de responder, faço uma nova pergunta: O que tudo isso reflete na vida de nós?
Eu não gosto de eletrônica e tecnologia como Jobs gostou. Eu amo escrever. Mas costumo, e tenho convicção de dizer que nossos olhos são muito enganadores. Vemos o sucesso de uma pessoa como se ele sempre existisse, e como se ela tivesse nascido com a bunda virada para a lua, em um berço de ouro avantajado. Não é bem assim, e Steve Jobs é um grande exemplo disso. Se você quer ser alguém na vida, precisa lutar. Batalhar. Não dar ouvido às más línguas. Descobrir o que te faz feliz, e o que dá sentido à sua vida. Ah, e se mover. Essa é uma das características de um empreendedor, seguida de flexibilidade, paciência- porque muitas vezes as coisas vão sim dar errado!- e amor ao seu trabalho.
Aliás, essa é a frase dele que tanto memorizo: “A única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que se faz”. Anotou?
Então é isso que te desejo. Isso, e o discurso de Steve Jobs, que você vai agradecer pelo resto de sua vida por tê-lo visto. Como diria o grande da tecnologia, “permaneçam tolos, permaneçam famintos”. Esse com certeza também é o desejo do mundo para nós.

Um beijo,
Vanessa Preuss

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