Sou uma pessoa apaixonada por pessoas empreendedoras. Seja
pelo trabalho árduo e desafiador que têm ao decidirem criar uma nova marca ou
abrir seu próprio negócio, seja pelo comprometimento diário e trabalhoso que
têm por se manterem na guerra do mundo. Faço exatamente assim: arregalo os
olhos, mantenho a boca semicerrada e depois fico mais um tempo admirando seu
trabalho. E apesar de Steve Jobs não estar mais entre a gente- no último dia 24
ele completaria seus 59 anos- ele sempre é o primeiro que me veem à cabeça
quando penso em uma carreira de sucesso. Há uma frase dele que sempre está na
ponta da minha língua. Para você ter uma ideia, faço até bico para falar, se
for preciso.
Mas vamos ao que interessa. Por que Steve Jobs é o cara?
Steve Paul Jobs nasceu na Califórnia, e foi deixado pelos
pais para ser adotado por uma família que em promessa o levaria à faculdade.
Cresceu, entrou em um grupo de estudos de eletrônica para jovens da
Hewlett-Packard, e conheceu Stephen Steve Wozniak. Ele vira seu amigo e ambos criam um dispositivo que faz
chamadas a longa distância de graça, e que começam a vender por 150 dólares,
mas que termina quando são roubados. Insatisfeito com o curso na Universidade
de Reed College que segue a seguir por desejo de seus pais, Steve pede
permissão para assistir outras aulas pelo campus, e conhece a tipografia. Mais
tarde ela viria a se tornar a fonte do Macintosh, um de seus maiores
desenvolvimentos.
Ele passa por um período sem ter onde dormir e de fome, e só
em 1974 volta a trabalhar na Atari. Com seu amigo de volta também, ambos
revolucionam a tecnologia. Desenvolvem uma espécie de computador que chamam de
Apple Computer Inc. e criam sua própria empresa para comercializar o aparelho.
Depois, melhoram sua versão e criam a Apple Computer Co. Passam para a Apple II,
e no terceiro lançamento, o trabalho e a dedicação se tornam um fracasso. Com
outros parceiros e novas ideologias, desenvolvem então, a Apple Lisa, e mais
tarde o Macintosh. Porém, em uma crise de desentendimento, Jobs sai da empresa.
Em sua entrevista para formandos da faculdade de Stanford em
2005, uma das mais fascinantes que já vi, Jobs disse que ficou desempregado, e
a dor foi desoladora. Mas, apesar de tudo, ele ainda amava o que fazia. Então,
criou a NeXT e a Pixar nos anos seguintes. A Pixar apresentou o primeiro filme
em desenho animado em computador, e se tornou o estúdio de animação mais bem
sucedido do mundo, o que segue sendo ainda hoje. A NeXT, por sua vez, foi
comprada pela Apple mais tarde, que ironicamente trouxe Jobs de volta à sua empresa
de criação.
O que eu quis dizer, e o que ganho com esse texto resumido
de sua vida? Ao invés de responder, faço uma nova pergunta: O que tudo isso
reflete na vida de nós?
Eu não gosto de eletrônica e tecnologia como Jobs gostou. Eu
amo escrever. Mas costumo, e tenho convicção de dizer que nossos olhos são
muito enganadores. Vemos o sucesso de uma pessoa como se ele sempre existisse, e
como se ela tivesse nascido com a bunda virada para a lua, em um berço de ouro
avantajado. Não é bem assim, e Steve Jobs é um grande exemplo disso. Se você
quer ser alguém na vida, precisa lutar. Batalhar. Não dar ouvido às más
línguas. Descobrir o que te faz feliz, e o que dá sentido à sua vida. Ah, e se
mover. Essa é uma das características de um empreendedor, seguida de
flexibilidade, paciência- porque muitas vezes as coisas vão sim dar errado!- e
amor ao seu trabalho.
Aliás, essa é a frase dele que tanto memorizo: “A única
maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que se faz”. Anotou?
Então é isso que te desejo. Isso, e o discurso de Steve
Jobs, que você vai agradecer pelo resto de sua vida por tê-lo visto. Como diria
o grande da tecnologia, “permaneçam tolos, permaneçam famintos”. Esse com
certeza também é o desejo do mundo para nós.
Um beijo,
Vanessa Preuss
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