
Quero
aprender uns passos de balé. Para me sentir mais perto do meu
universo, poder tocar o chão sem sentir meu corpo falhar. Quero
poder acreditar em todas aquelas histórias que algum dia já me
contastes, ou em outras que ouvi das vozes tão doces e amargas da
rua. Quero- e no fundo, todos nós sempre queremos- poder traduzi-las
para a realidade.
Você
consegue perceber o sentimento que uma história causa em nós? O
poder que ela tem?
-Joana
foi à feira. Pedrinho foi à Londres. Ana foi à escola. Julieta
encontrou Romeu em Paris. Tudo isso pode acontecer aqui na nossa
esquina, diante dos nossos olhos, debaixo do umbigo. Mas nunca nos
daremos conta disso se não colocarmos vida naquilo que acreditamos.
Se não desenharmos um sorriso no papel, ou uma lágrima correndo nos
olhos de um amor desatino, no corpo da máquina. Precisamos tocar o
coração das pessoas, de uma forma ou de outra. Eu escolhi a
escrita, e por mais que me digam que ela seja a coisa mais absurda do
mundo, sempre haverá alguém que se encontrará nesses versos
perdidos no papel. Por vezes, o papel tem mais forças que eu; e
subscrevo-me nele, deitada, como num divã ao cair da tarde
ensolarada.
Isso
sempre faz algum sentido, não importa qual seja, para mim, para
alguém, e não importe quem.
“Uma das melhores coisas do mundo é conseguir largar
os sentimentos no papel e perceber de alguma forma ou outra que ele
faz sentido para alguém também.” ;)

Beijos e um maravilhoso sábado!!
Euzinha,
Vanessa
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